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Ministro Lewandowski diz que operações contra o crime organizado revelam apenas “a ponta do iceberg”

  • Foto do escritor: Dot Comunicação
    Dot Comunicação
  • 29 de ago.
  • 2 min de leitura
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que as operações deflagradas nesta quinta-feira (28) pela Polícia Federal e pelo Ministério Público de São Paulo representam apenas o início de uma investigação muito mais ampla contra o crime organizado. Em entrevista ao programa Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ele alertou que o esquema descoberto é “a ponta do iceberg” e que agora será preciso avançar para atingir todos os níveis hierárquicos das organizações criminosas.


Segundo o ministro, as investigações identificaram conexões entre o crime organizado, o setor financeiro e empresas de combustíveis. O esquema, de acordo com a apuração, envolvia a exploração ilegal de combustíveis e a lavagem de dinheiro por meio de fintechs e administradores de fundos. “Essas ações revelam como o crime organizado migra da ilegalidade para a legalidade”, disse.


Esquema bilionário

Lewandowski destacou que, nas três operações — Quasar, Tanque e Carbono Oculto —, foram cumpridos quase 400 mandados judiciais. As autoridades descobriram movimentações ilícitas que chegam a R$ 140 bilhões. Até o momento, foram bloqueados e sequestrados mais de R$ 3,2 bilhões em bens e valores, além de 14 prisões efetuadas.

“Não tínhamos ideia da dimensão desse esquema ilícito. Conseguimos penetrar no coração da atividade criminosa ligada ao setor de combustíveis”, afirmou.


Postos de gasolina e metanol

A investigação apontou que mais de mil postos de combustíveis estavam envolvidos em práticas ilegais, como adulteração de gasolina e lavagem de dinheiro. Também foi descoberta uma rede de importação e desvio de metanol de refinarias para abastecer o esquema.

“O objetivo central é sufocar financeiramente o crime organizado, descapitalizando suas operações”, frisou o ministro.


Estratégia integrada

Lewandowski ressaltou que apenas a repressão policial não é suficiente para enfrentar esse tipo de criminalidade. Por isso, o Ministério da Justiça criou, no início do ano, um núcleo de combate ao crime organizado para atuar de forma multissetorial, envolvendo análises financeiras, contábeis e fiscais.

“Nós entendemos que a participação da Receita Federal era fundamental para rastrear a origem dos recursos. Foram operações que demandaram planejamento e grande esforço, mas trouxeram resultados significativos”, avaliou.

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