Avanço digital nos bancos deixa população sem atendimento presencial em Rio Preto, diz sindicato
- Dot Comunicação

- 29 de out.
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Nos últimos dez anos, São José do Rio Preto viu quase metade de suas agências bancárias fecharem as portas. De acordo com levantamento do Sindicato dos Bancários de Rio Preto e Região, o número caiu de 86 unidades em 2015 para apenas 38 em 2025, uma redução de 48 agências no período.
A tendência acompanha o movimento nacional de transformação digital no setor financeiro, que tem levado os bancos a priorizarem o atendimento online e o corte de custos operacionais.
Avanço digital e corte de custos
A migração para plataformas digitais é o principal fator por trás do fechamento das agências físicas. Para os bancos, o modelo digital representa eficiência e maior lucratividade, reduzindo despesas com estrutura e funcionários.
Entretanto, a mudança tem gerado impactos negativos — sociais e trabalhistas — que preocupam o setor e os representantes da categoria.
População mais vulnerável sofre com a mudança
O presidente do sindicato, Júlio César Grochovski, critica o ritmo acelerado dos fechamentos e alerta para as consequências à população.
“Os aposentados e pessoas que necessitam de suporte presencial têm dificuldades com os processos operacionais e precisam de respaldo de um profissional credenciado na agência física. A situação está preocupante. É necessário, na prática, que os bancos exerçam sua responsabilidade social”, afirma Grochovski.
Sobrecarregados e com menos direitos
O vice-presidente do sindicato, Hilário Ruiz, destaca que o enxugamento do quadro de funcionários resulta em sobrecarga e condições precárias de trabalho para os bancários que permanecem nas agências.
“O sindicato é contra o fechamento em massa e tem atuado com manifestações, protestos e diálogo para garantir melhores condições aos trabalhadores”, reforça Ruiz.
Desafio: equilibrar tecnologia e inclusão
Segundo dados do Banco Central, o Estado de São Paulo lidera o número de fechamentos de agências no país, com 2.737 unidades encerradas nos últimos dez anos.
Enquanto os bancos seguem ampliando seus serviços digitais, o desafio é equilibrar a modernização com a inclusão, garantindo que o avanço tecnológico não exclua parte da população que ainda depende do atendimento presencial.














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