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Copom mantém Selic em 15% diante de incertezas externas e inflação acima da meta

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    Dot Comunicação
  • 18 de set.
  • 2 min de leitura
Imagem: Marcello Casal JRAgênciaBrasil
Imagem: Marcello Casal JRAgênciaBrasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 15% ao ano. O anúncio foi feito na noite desta quarta-feira (17), após dois dias de reunião entre o presidente do Banco Central (BC) e os diretores da instituição.


Em comunicado, o colegiado justificou a decisão pela incerteza do ambiente internacional, marcada pela conjuntura e pela política econômica dos Estados Unidos, além de tensões geopolíticas que exigem cautela por parte de países emergentes.


No cenário doméstico, o Copom destacou que a atividade econômica segue em “moderação no crescimento”, embora o mercado de trabalho mantenha dinamismo. A inflação, no entanto, continua acima da meta.


De acordo com a pesquisa Focus, as expectativas inflacionárias permanecem em 4,8% para 2025 e 4,3% para 2026, acima do centro da meta. Já a projeção interna do BC para o primeiro trimestre de 2027 está em 3,4%, dentro do horizonte relevante de política monetária.


Continuidade da política

Na reunião anterior, em julho, o Copom já havia interrompido o ciclo de alta da Selic e mantido o índice em 15%, alegando maior adversidade no cenário externo em função das medidas comerciais e fiscais adotadas pelos EUA.


As decisões do comitê levam em conta fatores como inflação, contas públicas, atividade econômica e conjuntura internacional. As atas da reunião serão divulgadas em até quatro dias úteis. Esta foi a sexta reunião do ano, e a taxa definida agora valerá pelos próximos 45 dias.


Papel da Selic

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. Alta na Selic encarece o crédito e estimula a poupança, o que tende a conter a demanda e segurar os preços. Já reduções no índice tornam o crédito mais acessível, incentivando consumo e produção, mas diminuindo o controle sobre a inflação.


Embora sirva de referência para os juros cobrados pelos bancos, a Selic não é o único fator considerado pelas instituições financeiras, que também levam em conta risco de inadimplência, custos administrativos e margem de lucro.

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