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Inflação volta ao teto da meta com menor taxa para novembro desde 2018

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    Dot Comunicação
  • há 6 dias
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Com IPCA de 0,18%, índice acumula 4,46% em 12 meses; BC deve manter juros no maior nível em 20 anos
Com IPCA de 0,18%, índice acumula 4,46% em 12 meses; BC deve manter juros no maior nível em 20 anos

A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,18% em novembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo IBGE. Esse é o menor resultado para o mês desde 2018, quando houve deflação de -0,21%.


Com o avanço, o IPCA acumula 4,46% em 12 meses, voltando ao teto da meta oficial do governo, que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O índice havia passado 13 meses fora do intervalo de tolerância.


Nos 12 meses encerrados em outubro, o acumulado estava em 4,68%. Em abril deste ano, chegou ao pico de 5,53%.


Passagens aéreas e energia elétrica puxam alta do mês

A aceleração de outubro para novembro — de 0,09% para 0,18% — foi influenciada sobretudo pelas passagens aéreas, que subiram 11,9% no mês e representaram 0,07 ponto percentual da inflação total.


Outro destaque foi a energia elétrica residencial, com alta de 1,27%, pressionada por reajustes tarifários em concessionárias de São Paulo, Brasília, Goiânia e Porto Alegre. A energia responde por 0,46 ponto dos 4,46% acumulados em 12 meses.


Veja os resultados por grupo:

  • Alimentação e bebidas: -0,01% (0,00 p.p.)

  • Habitação: 0,52% (0,08 p.p.)

  • Artigos de residência: -1,00% (-0,03 p.p.)

  • Vestuário: 0,49% (0,02 p.p.)

  • Transportes: 0,22% (0,04 p.p.)

  • Saúde e cuidados pessoais: -0,04% (0,00 p.p.)

  • Despesas pessoais: 0,77% (0,08 p.p.)

  • Educação: 0,01% (0,00 p.p.)

  • Comunicação: -0,20% (-0,01 p.p.)


Dentro de despesas pessoais, o item hospedagem subiu 4,09%, impulsionado por uma disparada de 178% em Belém — cidade que recebeu a COP30, aumentando a procura por acomodações.


O que mais caiu em novembro

O grupo alimentação ajudou a segurar a inflação, puxado pelas quedas de:

  • Tomate: -10,38%

  • Leite longa vida: -4,98%

  • Arroz: -2,86%

  • Café moído: -1,36%


Meta pode ser cumprida em 2025

Segundo o IBGE, se a inflação de dezembro ficar até 0,56%, o país encerrará 2025 dentro da meta de 3% (com teto de 4,5%).

O resultado de dezembro será divulgado em 9 de janeiro.


O último Boletim Focus, do Banco Central, projeta inflação de 4,40% ao final de 2025.


Juros devem continuar no maior patamar em 20 anos

Na noite desta quarta-feira, o Banco Central anuncia a decisão sobre a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano — o maior nível desde julho de 2006 (15,25%).


A tendência é de manutenção da taxa, diante da inflação ainda resistente e do cenário internacional incerto. Juro alto encarece o crédito, reduz consumo e investimentos e funciona como freio sobre a atividade econômica.


O IPCA também é observado pelo BC em dois componentes:

  • Serviços: +0,60% (sensíveis à Selic e ao aquecimento econômico)

  • Monitorados: +0,21% (energia, combustíveis e tarifas reguladas)


Como o IPCA é calculado

O índice considera o custo de vida de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos, avaliando preços de 377 subitens. A coleta é feita em:


Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.


O salário mínimo atualmente é de R$ 1.518.

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