Laço Branco reúne jovens para discutir masculinidades e o fim da violência contra a mulher em Rio Preto
- Dot Comunicação

- 29 de nov.
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Sensibilizar e convocar adolescentes e homens jovens para o enfrentamento à violência contra a mulher foi o foco do 3º Simpósio Laço Branco, realizado na manhã desta sexta-feira (28/11) no auditório do Ibilce/Unesp. O encontro integra os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher e é promovido pelo Grupo Man em parceria com a Prefeitura de Rio Preto, por meio da Secretaria da Mulher, PcD e Igualdade Racial.
A promotora titular da Vara de Violência Doméstica e Familiar de Rio Preto, Heloisa Gaspar Martins Tavares, conduziu a palestra Namoro Legal, discutindo como as masculinidades moldadas pelo machismo estrutural naturalizam abusos e dificultam o reconhecimento de relacionamentos tóxicos.
Entre os alertas apresentados aos jovens, ela destacou:
“Confie nas atitudes e não nas palavras das pessoas.”
“Não abra mão do seu espaço pessoal.”
“Não se afaste da família ou dos amigos por causa de um relacionamento.”
“Ninguém muda ninguém.”
A plateia foi formada por adolescentes da Associação Riopretense de Promoção do Menor (Arprom) e de outras instituições.
O facilitador do Grupo Man, César Fukassawa, realizou uma aula-show, enquanto o pedagogo social e líder comunitário Mário Oliveira abordou a cultura de paz.
“Responder a problemas com violência é reconhecer nossa incompetência enquanto ser humano”, afirmou.
Intervenções artísticas
O Slam Revolta, do Centro de Convivência da Juventude (CCJ), participou em dois momentos com intervenções poéticas. O educador social E Su Mayê e as slammers Kay, Zizah, Carol e Gabi apresentaram rimas incisivas sobre amor, objetificação feminina, violência contra a mulher e desigualdade social, impactando o público jovem.
Campanha nos ônibus
Na véspera do simpósio, quinta-feira (27/11), o facilitador do Grupo Man Jonathan Nascimento e a secretária da Mulher, PcD e Igualdade Racial, Rosicler Quartieri, participaram de uma colagem simbólica de cartazes nos ônibus do transporte coletivo, marcando o início das ações do Laço Branco.
Mais de 250 veículos receberão materiais da campanha.
O motorista Rosalino Ribeiro da Costa, 57 anos, elogiou a iniciativa.
“Tem que haver união entre homens e mulheres. É uma luta antiga acabar com a violência contra a mulher. O ideal seria zerar, mas, com a colaboração de todos, esse mal pode ao menos amenizar”, afirmou.














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