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Anvisa aprova vacina da dengue do Butantan; Famerp tem papel decisivo no maior estudo do país

  • Foto do escritor: Dot Comunicação
    Dot Comunicação
  • 26 de nov.
  • 2 min de leitura
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira (26/11) a Butantan-DV, primeira vacina do mundo em dose única contra a dengue. O imunizante, desenvolvido pelo Instituto Butantan, contou com participação determinante da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), responsável por uma das coortes mais robustas da fase 3 do ensaio clínico.


Coordenado pelo pesquisador Dr. Maurício Lacerda Nogueira, referência internacional em arboviroses, o estudo em Rio Preto reuniu cerca de 1.100 voluntários — muitos deles moradores da Vila Toninho, que se tornou símbolo do engajamento popular com a ciência.

“É um feito histórico para o país, e a participação da comunidade foi crucial. Sem a confiança dos voluntários, esse resultado não seria possível”, afirma Nogueira.


Resultados consolidados e impacto esperado

A aprovação se apoia em cinco anos de acompanhamento de mais de 16 mil participantes em 14 estados. Entre pessoas de 12 a 59 anos, a vacina apresentou:

• 74,7% de eficácia geral;

• 91,6% de eficácia contra casos graves e com sinais de alarme;

• 100% de eficácia contra hospitalizações.


Os dados de segurança apontam predominância de efeitos adversos leves ou moderados, incluindo participantes com e sem infecção prévia — ponto considerado chave para a adoção ampla do imunizante.


Produção já iniciada

Com a aprovação, o Ministério da Saúde definirá quando a Butantan-DV passa a integrar o Programa Nacional de Imunizações (PNI). O instituto já tem mais de 1 milhão de doses prontas e prevê capacidade ampliada para 30 milhões de doses no segundo semestre de 2026, graças a uma parceria internacional.


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Famerp reafirma protagonismo científico

Para o diretor-geral da Famerp, Prof. Dr. Helencar Ignácio, o resultado consagra a trajetória da instituição em pesquisas de impacto social.

“A aprovação é uma conquista da ciência brasileira e da população de Rio Preto. Nossos voluntários e pesquisadores foram essenciais para esse marco”, afirma.


A Famerp seguirá colaborando nas próximas etapas, que devem avaliar novos públicos, como crianças e idosos. A participação da Vila Toninho — que recebeu o primeiro voluntário ainda em 2016 — é destacada como exemplo nacional de vínculo entre comunidade e pesquisa.


Imagem: Daniel Guimarães / Secretaria da Saúde de São Paulo

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