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Indústria brasileira busca apoio nos EUA para reverter tarifaço de Trump

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    Dot Comunicação
  • há 1 dia
  • 2 min de leitura
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Uma comitiva de industriais brasileiros está em Washington para articular, junto a empresários norte-americanos, uma estratégia de pressão contra as sobretaxas impostas pelo governo de Donald Trump às exportações do Brasil. A missão, liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), reúne cerca de 80 empresários brasileiros e 50 norte-americanos, além de dirigentes das federações estaduais da indústria de Minas Gerais (FIEMG), Paraná (FIEP), Paraíba (FIEPB), Rio de Janeiro (FIRJAN), Rio Grande do Norte (FIERN), Santa Catarina (FIESC), Goiás (FIEG) e São Paulo (FIESP).


Segundo o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, a articulação busca abrir um canal de diálogo direto entre os dois governos. “Estamos trabalhando juntos para que ambos se sentem à mesa e encontrem uma saída para esse impasse”, afirmou.


Estratégia conjunta

O presidente da FIEG, André Rocha, explicou que a meta é reduzir as tarifas ou ampliar a lista de produtos isentos. “Estamos tratando com a Câmara de Comércio dos EUA (US Chamber) justamente para tentar aliviar os impactos do tarifaço”, disse.


Já o presidente da CNI, Ricardo Alban, reforçou que a negociação precisa ser pautada por critérios técnicos. “Queremos garantir uma mesa de diálogo em que os argumentos comerciais e econômicos prevaleçam sobre possíveis equívocos políticos ou geopolíticos”, destacou.


Tarifaço e tensões políticas

O tarifaço inclui sobretaxas de até 50% sobre produtos brasileiros, um dos percentuais mais altos já aplicados por Washington. O governo Trump também emitiu uma ordem executiva classificando o Brasil como “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional dos EUA” — status semelhante ao de países como Cuba, Venezuela e Irã.


A medida ganhou contornos políticos após denúncias de que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro teria atuado, nos Estados Unidos, em defesa das sanções contra o Brasil. O caso está sob investigação da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal.


Reação do governo brasileiro

Em resposta, o governo federal anunciou o Plano Brasil Soberano, pacote de medidas para apoiar empresas, exportadores e trabalhadores atingidos pelas tarifas. Entre as ações estão:


R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações para crédito a taxas reduzidas;


R$ 4,5 bilhões em aportes para fundos garantidores;


R$ 5 bilhões via Novo Reintegra.


As linhas de crédito terão prioridade para empresas mais impactadas pelas exportações aos EUA, sobretudo pequenas e médias, condicionando o acesso à manutenção dos empregos.

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