STF define penas após condenação de Bolsonaro e aliados em trama golpista
- Dot Comunicação
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O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou a fase de dosimetria das penas após a condenação de oito réus envolvidos na trama golpista de 2022.
Mais cedo, por 4 votos a 1, o colegiado condenou os acusados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.
Apesar da definição das penas, Jair Bolsonaro e os demais condenados não serão presos imediatamente. A execução da pena depende da análise de eventuais recursos. Caso os recursos sejam rejeitados, a prisão poderá ser efetivada.
Segundo o Código de Processo Penal (CPP), oficiais das Forças Armadas têm direito à prisão especial. No caso, o grupo reúne quatro militares do Exército, um da Marinha e dois delegados da Polícia Federal, que podem ser beneficiados pela regra.
Condenados
• Jair Bolsonaro (capitão, ex-presidente da República)
• Walter Braga Netto (general, ex-ministro e candidato a vice em 2022)
• Paulo Sérgio Nogueira (general, ex-ministro da Defesa)
• Augusto Heleno (general, ex-ministro do GSI)
• Almir Garnier (almirante, ex-comandante da Marinha)
• Anderson Torres (delegado da PF, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF)
• Alexandre Ramagem (delegado da PF e deputado federal, ex-diretor da Abin)
Ramagem foi condenado apenas pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Como deputado em exercício, ele teve parte das acusações suspensas, respondendo a três dos cinco crimes atribuídos pela PGR.